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Sugestão de Leitura: Oh noite que guiaste

ANTUNES, Carlos Maria (2023). Oh noite que guiaste. Da inospitalidade ao encontro. Prior Velho: Paulinas Editora. 130 páginas.

Quando recomendamos, sugerimos, incentivamos uma leitura, um livro, é porque nos tocou, de algum jeito, pela estrutura, pelo conteúdo, pelos temas tratados, melhor, pela forma como os temas são apresentados. Esta é uma obra que nos provoca e desinquieta, procura alcançar-nos na nossa identidade cristã, com as suas dúvidas, tropeços, com as suas trevas, apontando para Jesus Cristo e para o Seu evangelho, para o mistério da Sua vida, morte e ressurreição. A base é Jesus, as Suas palavras, a Sua vida, o Seu proceder nas diferentes situações, as opções fundamentais do Seu agir e como os cristãos, ao longo do tempo, inseridos em contextos específicos, sociais e culturais concretos, souberam testemunhar a alegria e a pertinência de serem discípulos missionários, integrando o contributo de pessoas e povos.

O autor, Carlos Maria Antunes, é monge e faz-nos imergir no mistério salvífico de Jesus e como a sintonia com Jesus nos faz mergulhar no mistério da vida humano, no encontro com os outros, com a vida, neste tempo que nos é dado viver.

Uma pequena síntese feita pela editora:

“Num tempo em que assistimos a uma crescente polarização no espaço público, o autor convida-nos para uma viagem às raízes do que é ser humano, à comum experiência da vulnerabilidade, para aí encontrar os alicerces da fraternidade. «Em Jesus, encontramos um Deus que salva fazendo-se vulnerável. Só um Deus ferido pode curar-nos e, o que ainda é mais admirável, fazer da nossa fragilidade presença da sua glória no meio do mundo, que é o seu amor por todas as criaturas. O que em nós é marginal – ou foi vivido como tal – pode ter a força profética para destruir muitas fronteiras.» Carlos Maria Antunes faz o elogio da noite, metáfora da vida frágil, lugar dos verdadeiros encontros. Propõe-nos a mútua hospitalidade sob a luz do acontecimento pascal”.

Para conhecermos um pouco do autor, pois quem escreve também se escreve e as palavras vertidas para o papel também levam a vida, ou parte da vida, ou toda vida de quem lhes dá a forma em frases e palavras, até constituírem livro, aqui fica, também sucintamente a referência biográfica: “Carlos Maria Antunes é presbítero e monge cisterciense no mosteiro de Santa Maria do Sobrado, na Galiza. Nascido em Tomar, foi durante década e meia pároco na diocese de Santarém. É autor dos livros “Atravessar a própria solidão” (2011) e “Só o Pobre se faz Pão” (2013), ambos editados pelas Paulinas”.

Não se trata de um livro para especialistas, mas de uma reflexão para todos, acessível, ainda que a profundidade do testemunho e das vivências se reflitam em toda a obra. Lê-se com agrado, desafiando-nos a viver a vida em abundância, aquela vida que Jesus nos revela na entrega radical! Jesus veio como quem serve, gastando-se, ensinando-nos a amarmos todos, especialmente aqueles que não nos provocam empatia, incluindo, respeitando diferenças, apostando na ternura e na bondade, na verdade e na ajuda concreta aos irmãos.

Livro disponível nas livrarias e online na página da Editora: PAULINAS.

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