HomeCrónicasVerdades ou consequências
Crónicas

Verdades ou consequências

As verdades que nunca ouves e as consequências que terás, enquanto não mergulhares em ti. Vou tratar-te por tu, não por falta de educação, mas para que o canal recetivo abra e sinta o que te transmitirei direto ao coração. Perdoa a ousadia!

Todas as canções do mundo são feitas de amor, seja qual for o estilo que o leitor mais aprecie. E quando não se gosta, do estilo ou da mensagem, ninguém é obrigado a ouvir. Porque a tal LIBERDADE que tanto apregoamos, neste mundo em que parece que somos feitos de cristal, (tudo é motivo de ofensa e falta de segurança), faz-nos escolher aquilo que queremos ouvir. Mas, não tenho dúvidas que as canções são feitas de amor e verdade.

Já os livros de história, podem ter tanto de verdade como de mentira. Porque, afinal quem escreve a história não é a verdade, mas sim os exércitos que ganham as guerras. Eu sei que a afirmação anterior, pode causar incómodo. Esse é o propósito.

DEUS pode ser verdade para mim e não para ti. O teu Deus pode ser de um formato e o meu de outro. Desde que a TOLERÂNCIA exista, e o respeito também, não nos iremos ofender.

Para se crescer há que ter algumas regras numa folha de papel, transcritas, e ler todos os dias de manhã. As minhas estão na parede, pois a evolução da espécie preocupa-me!

Ora vejamos: As crianças são sábias. Quando são pequenas e se magoam, pedem desculpa instantaneamente e perdoam-se. “Desculpa, desculpo”. E, desculpam-se. Os adultos culpam-se. Nunca se desculpam. “Pede-te Perdão, perdoa-te e depois deixa que venha a informação que precisas apreender”, como diz Buika.

As crianças têm uma fase bonita. A idade dos PORQUÊS. Quando entram para a escola, deixam de perguntar o porquê das coisas, porque são expostas a uma quantidade de informação pré-definida pela sociedade que integramos. Muito haveria a dizer sobre a desatualização das escolas dos nossos tempos! Completamente fora do contexto atual. As nossas crianças não são de outro tempo, são de agora, e as escolas estão iguais à época pós Salazar.

Não sei se Deus existe, mas para mim a sua existência faz sentido. Até ao final.

“O punhal do teu inimigo, és tu quem o afias”! Esta frase saiu da boca de uma mulher que admiro e ecoa dentro de mim, por ser tão verdadeira, a tal Concha Buika que é cantora de Blues; se navegarem no Youtube vão fazer uma grande descoberta, acreditem!

Vamos à explicação, se conseguires ignorar a ofensa, ela derrete como gelado neste calor. Se manténs viva a ofensa em ti a remoer e aumentar o teu estado de raiva em relação a quem se opôs a ti, vais afiando esse punhal e cada vez te magoas mais. És tu quem promove essa tua dor no peito. Porque nunca sabemos de onde vem o ofensor, o que a vida lhe fez, para ser como é… A frase anterior serve para “namoros e casamentos”, se permites que te grite uma vez, vai gritar a vida toda! É isso que mereces?

Então, abre o teu superpoder de compreensão e vibra ao contrário do outro. Baixa vibração contra ao ofensor, gera alimento nulo na situação.  Pois, afinal somos um templo de Deus e não devemos permitir que qualquer um nos tente destruir, só porque padece do “cancro do egoísmo”. E vale escolher amigos. Assim como se escolhem os namorados e os companheiros. Não calçamos todos o mesmo número de sapatos.

Nós não somos o que dizemos. SOMOS O QUE FAZEMOS. O leitor não terá dúvida acerca deste tema. Também não somos o que dizem de nós. Somos aquilo que sabemos que somos. Mergulhar mais em nós é necessário para que nos conheçamos cada vez melhor.

Falar é um ato constante. Não podemos ficar em SILÊNCIO todo o dia. Contudo devemos praticá-lo. E sim sabemos que ao abrir a boca corremos riscos, se não queres falhar, NUNCA, quando conjugas palavras, vai para uma ilha e fica lá.

Cada vez que te sentes vítima, pergunta-te a ti mesmo: qual foi o grau de participação que tiveste neste acontecimento? Tu sabes! Compactua, logo existes no problema, logo sofres. Se, assim não quiseres, foge de quem sabes que tem bolsos cheios de problemas, infidelidades ou mentiras.

Contar a verdade ALIVIA. E, falhar e ASSUMIR, permite que possas dar a volta por cima numa situação que te correu mal. Mais facilmente podes seguir em frente. A “culpa” é uma espécie de vírus que colocam no nosso sistema e faz-te ter medo, encerra-te no quarto, de telefone desligado. A verdade LIBERTA-TE desse círculo.

Os teus comentários ofensivos na net, escondido atrás de um nome de utilizador, FALSO com comentários atómicos aos outros não faz de ti FORTE, mas, sim FRACO. Precisas de ajuda no que diz respeito à tua saúde mental.

(Parte deste texto é inspirado numa entrevista a uma cantora que tanto admiro: Concha Buika)


Andreia Gonçalves, in Voz de Lamego, Ano 93/36, n.º 4716, de 26 de julho de 2023

Deixe um comentário