Como todos sabem, não me canso de referir o valor que o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, e toda a sua envolvência, representa para a cidade de Lamego. Quer em termos religiosos como no aspeto turístico, o que muito contribui para a economia local. Daí, tudo que se possa fazer para o cuidar e embelezar, para dar a melhor imagem a quem nos visita, é uma OBRIGAÇÃO!
Como por lá continuo a passar frequentemente, tenho reparado em alguns pormenores que vão sendo reparados e melhorados. Não tanto como se deseja e merece aquele espaço que nos encanta. Devagar, devagarinho, pode ser que se chegue a algum lado…
Mas, o que hoje aqui me traz é a “música ambiente” que há algum tempo é difundida para o espaço público, através de uma coluna instalada num poste da iluminação das torres. Sem dúvida que dá uma atmosfera mais sentimental e atrativa a quem por ali se desloca em visita ou passeio.
No entanto, quando entramos no Santuário deixa de se ouvir a melodia do exterior… Efetivamente, não sei se deve, ou não, a música continuar a ser difundida dentro do Santuário. Pessoalmente, sou a favor que isso aconteça, porque adoro ouvir música sacra em lugares sagrados, num nível sonoro apropriado. Muito embora seja um local que se obriga ao silêncio, com uma sonorização adequada não deixa de ser absorvente e motivador para “aquilo” que ali nos leva. Até porque em outras ocasiões tal já se verificou, nestas circunstâncias e até ao vivo, através de órgão.
O Santuário de Nossa Senhora dos Remédios tem todas as condições para nos dar todo o conforto espiritual. Mas, se este tipo de música for viável no interior, torna-o ainda mais atraente, encantador e acolhedor!
Fica à consideração dos responsáveis pelo Santuário este meu sentir.
João Duarte Rebelo “Festa”, in Voz de Lamego, ano 94/13, n.º 4741, de 7 de fevereiro de 2024.