Paulo de Tarso, também conhecido através do seu nome judaico, Saulo de Tarso, ficou mais conhecido devido ao assassinato de Estêvão.
Ele era perseguidor do “Povo de Deus” e numa das suas perseguições foi encandeado por uma luz tão forte que caiu por terra. Já no chão, escutou uma voz que o interrogou: “Saulo, Saulo, porque me persegues?”.
Ele então perguntou: “Quem és Tu, Senhor?”
E a resposta surgiu: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues”
Depois de ouvir estas palavras, ficou completamente cego, mas em vez de se revoltar perante este acontecimento, foi obediente, confiou e esperou no Senhor, não questionou a sua cegueira e apenas fez o que lhe foi ordenado pelo Senhor.
Quantas vezes nos deixamos dominar por uma “cegueira”? Não a cegueira de Paulo, mas outros tipos de “cegueira”?
Porque é que perante alguns acontecimentos que nos surgem pelo caminho não seguimos o exemplo de Paulo? Porque é que, contrariamente a ele, questionamos tudo, todos e questionamos até o próprio Deus? Porque é que, como ele, não esperamos e confiamos em Deus e ficamos cegos de raiva?
O que fazer?… Faz como Paulo, quando Jesus o chamou, não questionou de onde vinha, apenas queria saber quem era. Quem lhe falava. Hoje Cristo bate à porta do teu coração: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele” (Apocalipse 3,19). Abre o teu coração, fica no silêncio da tua alma e verás que a paz te procura.
Jesus quer-te trazer uma nova vida, uma nova realidade, um novo sonho e um novo futuro. Hoje é o teu dia, assim como aconteceu na vida de Paulo.
Iara Madureira, in Voz de Lamego, ano 93/22, n.º 4702, 19 de abril de 2023