Em dia de aniversário, a música sacra esteve de volta à Igreja das Chagas. A celebrada melodia “Ó grande alegria”, da autoria de G.F. Haendel, encerrou com chave de ouro o Concerto Pascal que assinalou o 505º aniversário da Santa Casa da Misericórdia de Lamego.
O Coro desta instituição e o Coro da Sé Catedral do Porto uniram-se, em harmonia perfeita, para apresentar a grande música sacra europeia, antiga e moderna, ao público que encheu por completo a Igreja da Misericórdia, na noite de 20 de abril.
A interpretação sublime de obras-primas de Palestrina, Bruckner, J. Rheinberger e Ferreira dos Santos, entre outros compositores, foi sempre muito aplaudida. A atuação foi dirigida pelo maestro Tiago Ferreira.
No início das comemorações de mais um aniversário, o Bispo da Diocese de Lamego, D. António Couto, presidiu à tradicional Celebração Eucarística.
“Na comemoração de mais um aniversário, quisemos reafirmar os princípios e os valores que regem a atuação desta instituição. O compromisso com a comunidade, a solidariedade, a responsabilidade social, entre outros, constituem os verdadeiros pilares da nossa missão, segundo os princípios da doutrina moral e cristã. Estou otimista em relação ao futuro. Acredito que continuaremos a consolidar as nossas respostas sociais e a atuar, de forma proativa, para fazer face às necessidades emergentes dos lamecenses”, afirma o Provedor António Carreira.
A Santa Casa da Misericórdia de Lamego foi fundada, em 1519, por homens de todas as classes sociais com a missão de socorrer os pobres e necessitados na ausência de qualquer sistema de segurança social organizado. A sua ação de assistência social é sustentada nas 14 Obras de Misericórdia, a espinal medula da sua cultura institucional.
Ricardo Pereira, in Voz de Lamego, ano 94/23, n.º 4751, de 24 de abril de 2024