A arte de fazer escrinhos (cestos de palha e de silva) está em risco de extinção, e para salvar este artesanato típico de Alvite, os alunos da Universidade Sénior Infante D. Henrique (UNISE) de Moimenta da Beira iniciaram no dia 21 de março, uma oficina de cestaria orientada pelo artífice João Prata, para que os mais novos possam dar continuidade à sua habilidade.
Sendo uma técnica bastante trabalhosa, os alunos da UNISE estão a aprender através da explicação e visualização da prática, bem como eles próprios desafiarem-se a manusear este material e fazerem o seu próprio cesto.
Residente em Alvite, João Prata, de 90 anos, é o único guardião deste saber, que aprendeu com o seu pai. “Aprendi a arte com o meu pai. Andei na escola até aos 10 anos, onde fiz a terceira classe, e a partir dessa idade só parei de fazer cestos quando emigrei em 1971. Foi durante muito tempo o meu ganha-pão”, disse o artesão.
Antigamente, estes cestos serviam para transportar merenda, compras ou sementes para o campo, guardar alimentos, entre outros. Hoje em dia, são poucas as pessoas que dão esta utilidade, são apenas usados para adornar as casas.
Rui Bondoso, CM Moimenta da Beira