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O Centro Social e Paroquial de Lamosa comemorou 30 anos

No dia 20 de março, o Centro Social e Paroquial de Lamosa assinalou 30 anos de existência. Os responsáveis da instituição abriram as portas da instituição à população e, na companhia dos utentes, recordaram, com imagens e vídeos, o caminho percorrido desde 1992. Foi inaugurada uma escultura que testemunha esta comemoração. Os presentes tiveram a oportunidade de conhecer as modernas instalações deste centro social.

Sob a presidência do reverendo Pe. Joaquim Dionísio, cónego do cabido da Sé e Reitor do Santuário de Nossa Senhora da Lapa, com a Direção Técnica de João Paulo Lacerda, esta instituição acolhe, neste momento, 34 utentes, de Sernancelhe e de vários concelhos limítrofes. Os seus vinte e um funcionários garantem a qualidade e conforto a todos os utentes, continuando a promover a diferenciação do Lar de Lamosa como instituição moderna e que proporciona as melhores condições.

Foram estas qualidades que foram enaltecidas pelo Pe. Joaquim Dionísio, por Francisco Santos, Presidente da Junta de Freguesia de Lamosa, pelo Presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, Carlos Silva, e pelo Vigário-Geral da Diocese de Lamego, Monsenhor Joaquim Dias Rebelo. Enaltecendo o passado da instituição como forma de explicar o presente e perspetivar o futuro, foram unânimes em considerar que o Centro Social e Paroquial de Lamosa continuará a ser uma instituição muito importante na resposta social à população, como aliás o demonstrou no contexto difícil e exigente da Pandemia da Covid-19.

Depois das intervenções, a cerimónia decorreu no exterior, onde a escultura de granito foi inaugurada pelos convidados e por uma pessoa especial: o Sr. Isaac, utente do Lar com 101 anos. Coube, de seguida, a Paulo Albino, a explicação do sentido artístico da escultura e do simbolismo que transmite a quem a contemplar. No final, o Pe. José Alves Amorim contou os parabéns à Instituição, brindando-se ao sucesso de uma instituição que promete continuar empenhada na missão social que esteve na sua origem.

Uma história com 30 anos

Em 19 de março de 1992, foi inaugurado o primeiro Centro de Dia de Lamosa, que funcionou nas instalações da Casa do Povo, cedidas pela Junta de Freguesia. A ideia surgiu da constatação de que na aldeia “havia muita gente idosa e sem apoio”, fruto da emigração dos filhos para vários destinos da Europa.

Estiveram ligados ao processo, desde o início, Aníbal Oliveira, o Presidente da Junta de Lamosa, Abraão Figueiredo, o Vice-presidente Diamantino Frias e o reverendo Padre Lucas (na altura pároco de Lamosa) e, mais tarde, o Padre José Amorim.

Dada a exiguidade e falta de condições da então Casa do Povo, os lamosenses empenharam-se para conseguir as verbas necessárias para a construção de um novo lar. A obra ficaria marcada pela enorme adesão dos populares e da comunidade espalhada pelo país, como noticiou o Jornal de Notícias daquela época. Em Lisboa, no teatro Maria Matos, foi organizado um espetáculo de angariação de fundos, que envolveu a Câmara de Lisboa, a Rádio Renascença e artistas como Paulo Gonzo, Carlos Vidal (Avô Cantigas), os Onda Choque, entre outros, que atuaram gratuitamente em favor da causa do novo Lar de Lamosa; O custo total do novo lar foi de 63 mil contos (126 mil euros). O maior contributo veio de donativos (41 mil contos), o que é revelador da vontade do povo de Lamosa em ter esta obra. A inauguração do novo edifício (no lugar onde ainda hoje se encontra) aconteceu no dia 18 de agosto de 1998.

Paulo Pinto, in Voz de Lamego, ano 92/19, n.º 4650, 23 de março de 2022

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