O quadro de valores tem vindo a sofrer alterações no contexto de vários grupos sociais. Porém, o valor da vida aparece como o maior dos bens porque é dom e porque é direito!
A vida como dom implica a dádiva que nos é generosa e gratuitamente ofertada por Deus e, assim, revestida de divindade. A vida humana encontra o seu máximo expoente na Encarnação – a humanização da divindade. Este gesto vem revestir a vida de um valor único, primordial e genuíno.
A vida como direito é consagrada constitucionalmente o que a torna, teoricamente, um princípio universalmente reconhecido. Por conseguinte, pelo prescrito na Declaração dos Direitos Humanos e pelo espectro legal dos países todas as políticas deveriam direcionar sempre para a sua garantia e dignificação.
Cada um deveria sentir-se grato e ao mesmo tempo que obrigado a tratar este valor com toda a delicadeza, valorizando-o em todos os momentos. Neste âmbito, a nossa ação deve estar orientada por esta responsabilidade e pela justiça. Que cada um se sinta chamado e impelido a agradecer e a proteger.
Não se tratando de condenar ninguém (essa não é responsabilidade nossa, está adstrita aos locais próprios da justiça humana e à misericórdia divina), nem sempre as nossas práticas e consciência têm sido expressão deste sentir. Ao invés, aceitamos e promovemos até, eivados por um individualismo egocêntrico, uma encapotada cultura de morte.
Queremos, pois, recordar que todas as vidas são importantes, têm valor e estão revestidas de um carácter único! Queremos que tudo seja feito pela dignificação da vida de todas as pessoas – seja em situação de sofrimento, seja nos vários contextos da vida… Que a todas as pessoas sejam dadas todas as oportunidades de gerar e dar dignidade à vida… Que todos possam aspirar a viver plenamente…
Dia 29 de março, em Tarouca, contamos contigo na ‘Caminhada pela Vida’. A concentração será no Monte da Alcácima, pelas 15 horas. A caminhada terá como pano de fundo a ponte romana de Mondim da Beira, o Caminho dos Monges, o Mosteiro de São João de Tarouca, o Senhor do Monte… num percurso belo, interpelativo e prazeiroso!
CONTAMOS CONTIGO!
António Rodrigues
