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Cada um deve levar a sua cruz

E dizia Jesus a todos: «Se alguém quer vir atrás de mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me. Pois aquele que quiser salvar a sua vida há de perdê-la, mas aquele que perder a vida por causa de mim há de salvá-la. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder-se e arruinar-se a si próprio? Portanto, aquele que se envergonhar de mim e das minhas palavras, deste se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e dos santos anjos. Em verdade vos digo: alguns dos que aqui estão não provarão a morte, até que vejam o reino de Deus»

Lucas 9, 23-26

Um padre, um certo dia, disse-me: “Nós gostamos de carregar a cruz de Cristo, muitas vezes em brincos que colocamos nas orelhas, em colares que colocamos em volta do pescoço, em pulseiras… e quanto mais pequena e valiosa, melhor. Carregarmos a nossa própria cruz é que é difícil, por isso, procuramos desviarmo-nos dela.”

Mas afinal o que significa “tomar cada dia a sua cruz”?

Significa estar disposto a morrer para seguir Jesus.

Seguir Jesus é fácil quando a vida corre sem problemas. O nosso verdadeiro compromisso com Ele é revelado durante as provações, desânimos e dificuldades que passamos no nosso dia-a-dia.

O compromisso com Cristo significa assumir a sua cruz diariamente, ao abrir mão das tuas esperanças, sonhos, até mesmo da tua própria vida, se necessário, para a causa de Cristo. Somente se voluntariamente aceitares a sua cruz é que podes então ser chamado de Seu discípulo (Lucas 14, 27).

Quantas e quantas vezes nos questionamos do peso da cruz que carregamos dentro do nós? Mesmo que a cruz seja pesada, se Deus te escolheu para a carregar é porque Ele sabe da força que brota todos os dias dentro de ti.

“Deus costuma dar as grandes batalhas aos maiores guerreiros”, por isso aceita a tua cruz e ajuda o próximo a carregar a sua cruz também, pois quando ajudamos menor é o peso que sentimos em cima das costas.

Não te esqueças que Deus não carregou a sua cruz, mas carregou as cruzes de todos nós.


Iara Madureira, in Voz de Lamego, ano 93/34, n.º 4714, 12 de julho 2023

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