“Entrando, o anjo disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo’.” (Lc 1,28)
“Ó Maria, Virgem Imaculada! Também este ano, nos encontramos com amor filial aos pés desta tua imagem para te renovar a homenagem da comunidade cristã e da cidade de Roma. Aqui detemo-nos em oração, seguindo a tradição inaugurada pelos Papas precedentes, no dia solene em que a liturgia celebra a tua Imaculada Conceição, mistério que é fonte de alegria e de esperança para todos os remidos. Saudamos-te e invocamos-te com as palavras do Anjo: “cheia de graça” (Lc 1, 28), o nome mais bonito, com o qual o próprio Deus te chamou desde a eternidade.” Assim começou o discurso do saudoso Bento XVI a 8 de dezembro de 2006.
Nossa Senhora é tão importante e tão presente na nossa vida que possui mais de 1100 nomes, um deles é Nossa Senhora da Conceição, Rainha e Padroeira de Portugal e de todos os povos de língua Portuguesa, nossa Mãe.
Festa, comemorada a 8 de dezembro, inscrita no calendário litúrgico pelo Papa Sisto IV, a 28 de fevereiro de 1477. A Imaculada Conceição da Virgem Maria foi solenemente definida como dogma pelo Papa Pio IX na bula Ineffabilis Deus, a 8 de dezembro de 1854.
Em Portugal, a sua devoção advém dos primórdios da Nação Portuguesa, pelo Rei de Portugal D. Afonso Henriques, em 1147, após conquista de Lisboa aos mouros.
A Ela foi cedida a coroa do reino após a Restauração da Independência de Portugal, em 1640, pelo Rei D. João IV, desde então, mais nenhum rei português usou coroa.
Até há poucos anos, era nesta data que se celebrava o Dia da Mãe.
Bento XVI continua no seu discurso: “Em ti brilha a dignidade de cada ser humano, que é sempre precioso aos olhos do Criador. Quem para ti dirige o olhar, ó Mãe Toda Santa, não perde a serenidade, por muito difíceis que sejam as provas da vida. Mesmo se é triste a experiência do pecado, que deturpa a dignidade dos filhos de Deus, quem a ti recorre redescobre a beleza da verdade e do amor, e reencontra o caminho que conduz à casa do Pai.”
Maria consegue ser tudo na maior simplicidade possível. É a nossa luz na noite mais negra, é a nossa esperança dentro do abismo e da turbulência, é um coração deixo de carinho pelos seus filhos que tanto sofre, e de quem tantas vezes nos esquecemos. Maria é a personificação da coragem, da fé, do amor.
“Mostra-te Mãe de todos, ó Maria, e dá-nos Cristo, a esperança do mundo! “Monstra Te esse Matrem“, ó Virgem Imaculada, cheia de Graça! Amém!”
Raquel Assis, in Voz de Lamego, ano 95/4, n.º 4781, de 4 de dezembro de 2024.